Você se considera uma pessoa sedentária? Se seu estilo de vida exclui a realização de atividades físicas, essa resposta provavelmente será que sim. O problema é que o sedentarismo faz com que você tenha menos qualidade de vida e bem-estar.
Por quê? A falta de exercício físico faz com que sua saúde seja prejudicada, tanto no ambiente físico, quanto mental. Até porque atrelado a isso, há uma grande tendência de consumo de alimentos pouco saudáveis, o que pode culminar em doenças crônicas.
Por isso, é fundamental ter cuidado e saber como combater o sedentarismo. Vamos apresentar algumas dicas neste artigo. Confira!
O que é sedentarismo?
Sedentarismo é o termo usado para designar a falta ou a redução significativa de atividades físicas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), qualquer pessoa entre 18 e 60 anos que não pratica 150 minutos por semana de exercícios leves a moderados se encaixa nesse conceito.
Apesar disso, o sedentarismo pode ser vivenciado em qualquer idade, inclusive por quem seguia as dicas para uma vida saudável e ativa. Afinal, se a pessoa reduz de forma significativa o quanto ela se movimenta por dia, pode deixar de atender às necessidades do organismo.
Então, ela se torna sedentária, por fazer atividades de maneira insuficiente ou irregular. Aos poucos, isso leva a dificuldades na execução de tarefas rotineiras e ao surgimento de doenças crônicas.
No Brasil, somente 40,6% com 18 anos ou mais fazem atividades físicas nos níveis recomendados pela OMS. O dado é da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel).
Quais são os níveis de sedentarismo?
Nível 1 de sedentarismo
Enquadra as pessoas que fazem somente algumas caminhadas de forma eventual. Portanto, não são realizados outros tipos de atividades físicas
Nível 2 de sedentarismo
Quando a pessoa faz apenas alguns esforços a mais no dia a dia. No entanto, não tem dia nem horário para fazer exercícios de forma regular.
Nível 3 de sedentarismo
Abrange as pessoas que evitam fazer qualquer esforço rotineiro. Não carregam peso (como sacolas de mercado), não fazem caminhadas (usam o carro para todas as tarefas), entre outras práticas.
Nível 4 de sedentarismo
Ocorre quando a pessoa passa o dia sentada ou deitada, não fazendo nem os esforços do dia a dia. Esse indivíduo não chega nem a limpar a casa, por exemplo, e não lembra quando se exercitou pela última vez.
Quais são as principais causas do sedentarismo?
- Falta de atividades físicas;
- Falta de uma alimentação saudável, com consumo de alimentos industrializados;
- Uso do carro até para pequenos trajetos;
- Uso de escadas rolantes;
- Rotina repleta de outras atividades;
- Contratação de profissionais para fazer atividades domésticas;
- Ficar muitas horas no computador ou assistindo à TV;
- Depressão, ansiedade e outros transtornos que afetam a saúde mental;
- Situação socioeconômica, que não entende o impacto do sedentarismo;
- Aproveitar o tempo livre para ficar em repouso.
Qual a diferença entre sedentarismo e inatividade física?
A diferença entre sedentarismo e inatividade física é o tempo e a forma das tarefas rotineiras. A pessoa sedentária faz poucas atividades, normalmente sentada, deitada ou reclinada.
Por sua vez, a inatividade é não fazer os 150 minutos de exercícios recomendados pela OMS de forma estruturada, planejada e intencional.
Portanto, uma pessoa sedentária pode ser ativa fisicamente. Esse é o caso de um executivo que trabalha em um escritório e fica sentado muitas horas por dia, mas faz algum exercício após o expediente. Por exemplo, natação ou corrida de rua.
Quais são os sintomas do sedentarismo?
Cansaço excessivo
A pessoa sedentária sente um cansaço constante devido à redução do metabolismo. Isso porque a falta de atividades físicas faz com que o organismo fique mais lento.
Além disso, a realização de exercícios gera a produção de serotonina, dopamina e endorfinas. Esses hormônios naturais aumentam o bem-estar, o estado de alerta e reduzem a sensação de cansaço.
Redução da força muscular
A massa muscular diminui no sedentarismo, porque não há ativação dos músculos. Dessa forma, aparecem dores, especialmente em pessoas mais velhas. Ao mesmo tempo, aumenta o risco de lesões e de quedas.
Dores nas articulações
As dores nas articulações são características do sedentarismo, principalmente nos casos em que há aumento de peso. Assim, existe uma sobrecarga nessas estruturas e nos ossos, além de seu enfraquecimento.
Aumento da gordura abdominal
Há uma chance maior de engordar, quando você não faz atividades físicas. Essas células adiposas tendem a se acumular mais no abdômen, o que gera o aumento dos triglicerídeos, do colesterol e doenças cardiovasculares, em geral.
Elevação do peso
O aumento de peso é um dos principais sintomas de quem está sedentário. Isso pode ser visto, inclusive, na obesidade infantil. Afinal, não há gasto calórico, o que faz a energia se acumular em forma de gordura.
Queda na qualidade do sono
Fica mais difícil dormir bem quando você tem uma vida sedentária. Como a falta de exercícios físicos diminui a liberação dos neurotransmissores no cérebro, o sono deixa de ser reparador.
Além disso, os músculos respiratórios são enfraquecidos. Portanto, pode acontecer a apneia do sono ou o ronco excessivo, dois fatores que prejudicam o sono.
Quais doenças estão relacionadas ao sedentarismo?
Doenças mentais
Diferentes transtornos mentais são impactados pelo mau hábito do sedentarismo. A prática de exercícios contribui para a saúde física e mental, evitando depressão, ansiedade, síndrome de burnout etc.
Doenças cardiovasculares
O sedentarismo faz com que o coração não precise se esforçar para bombear o sangue. Por isso, ele pode falhar quando é exigido um empenho maior, como em um jogo de futebol no final de semana.
Essa situação acontece, porque as veias se contraem, já que o fluxo sanguíneo é leve, normalmente. Ao mesmo tempo, o colesterol tende a aumentar e levar à formação de camadas de gordura nas artérias, a chamada aterosclerose.
Além disso, a falta de exercícios físico pode gerar o aumento da pressão arterial. Portanto, movimentar-se é um dos principais cuidados com o coração.
Diabetes
Todo o consumo de doces e carboidratos (pães, massas etc.) se transforma em açúcar no organismo. Esse nutriente é usado para produzir energia, mas o sedentarismo causa seu acúmulo na corrente sanguínea. Assim, o resultado é o surgimento da diabetes tipo 2.
A doença é silenciosa, mas pode causar muito mal. Uma de suas consequências é aumentar a disposição para inflamações, problemas renais, oculares, entre outros.
Atrofia muscular
A atrofia muscular consiste na perda de massa magra. Isso porque o corpo entende que não é preciso ter músculos, já que eles não estão sendo usados quando a pessoa é sedentária. Dessa forma, eles ficam menores e flácidos, impedindo que seja feito um esforço maior.
Como combater e prevenir o sedentarismo?
- Tenha uma alimentação saudável para comer bem;
- Mantenha um sono reparador para recuperar as energias;
- Faça atividades físicas, como exercícios em grupo, exercícios aeróbicos, treino funcional, hidroterapia, musculação feminina ou masculina, entre outros;
- Faça um acompanhamento médico periódico, com realização de check-ups;
- Alongue-se;
- Conte com a ajuda de profissionais para ter o apoio necessário para evitar o sedentarismo.
Todas essas dicas ajudam a se movimentar e ter uma vida ativa e saudável. Dessa forma, você consegue combater e prevenir o sedentarismo, garantindo mais qualidade de vida.
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Em resumo
Sedentarismo é o termo usado para designar a falta ou a redução significativa de atividades físicas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), qualquer pessoa entre 18 e 60 anos que não pratica 150 minutos por semana de exercícios leves a moderados se encaixa nesse conceito. Esse problema causa indisposição, cansaço e até o surgimento de doenças crônicas.
– Nível 1: a pessoa faz caminhadas.
– Nível 2: há pouca movimentação.
– Nível 3: evita-se o esforço rotineiro.
– Nível 4: a pessoa fica a maioria do tempo sentada, deitada ou reclinada.
O sedentarismo afeta a saúde física e mental. Por um lado, prejudica o metabolismo e a capacidade do organismo, aumentando o risco de mortalidade por doenças crônicas, como diabetes, obesidade, cardiovasculares etc. De outro, aumenta a chance de ansiedade, depressão, burnout e outros transtornos mentais.